A rua em Luanda é o centro de negócios, tudo se compra e tudo se vende no passeio ou na berma da estrada.
Enquanto que nos semáforos da tuga só encontramos pedinchas ou vendedores de pensos rápidos aqui enquanto esperamos pelo verde ou estamos parados no transito podemos comprar de tudo. Desde fruta (uvas, morangos, mangas, ananases, castanha caju entre muitas outras) a bebidas (cerveja, cola, sumos) passando por mobílias, cintos, tampas de sanita, telemóveis, óculos de sol, roupas, varões de cortinados, jornais e revistas, fichas triplas, cadeados, carregadores e baterias para telemóveis, tudo... seja lá o que for que precisem há alguém que na berma de uma estrada qualquer está a vender. O mais engraçado é que há estradas mais especializadas numas coisas do que noutras. Há estradas em que o pessoal vende maioritariamente mobílias (por catálogo), outras têm mais fruta e outras é mais telemóveis. Já nas estradas mais movimentadas e mais sujeitas a demoras como a estrada a Samba ou a avenida Ho Chi Min vende-se de tudo. Se por acaso, a fila em que estão parados andar a meio de uma transacção económica não há qualquer problema, por norma o vendedor vai correndo ao lado do carro até que a fila pare de novo ou dê para encostar à berma.
Mas não pensem que só quem anda de carro consegue fazer as suas comprinhas, nada disso, para quem anda a pé há tudo isto e muito mais, o luxo dos luxos é a manicure e pédicure, algo em que só reparei ultimamente que tenho feito alguns quilómetros a pé pela cidade. Um sonho para qualquer moçoila. Aqui em qualquer passeio encontram-se jovens rapazes bem constituídos com inúmeros vernizes, ferramentas e produtos de cosmética que desconheço (nunca fui tratar as minhas unhas) e é frequente ver-se uma rapariga sentada numa cadeira com um jovem a tratar-lhe cuidadosamente das mãos ao mesmo tempo que outro lhe vai tratando dos pés, há lá luxo maior? Quando vir um par de moçoilas jeitosas manicuras-pédicuras até eu vou tratar das minhas unhas. De certeza vale bem os 100 ou 200 Kwanzas que deve custar.
Até outro dia,
Bernardo.
Quem te trata das unhinhas sou eu...é caso para dizer que se iam as unhas e ficavam os dedos.
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